
A máquina continuava quieta, os olhos iam abrindo e fechando substituindo o obturador. Imprimia pensamentos e histórias, fingia diálogos e passeios.
Chego ao rio e a máquina já não aguenta mais a quietude. Agora o obturador marca o ritmo e o diafragma vai transformando a luz. Um barco quieto, esperando os olhares atentos dos turistas, um barco iluminado pela luz intensa escondida por uma grossa cortina branca.

As fotografias cinzentas ganham novas tonalidades, azul, branco, estão de acordo com o dia e com o momento.

Sem truques nem retoques deixo-vos a ribeira num dia quase cinzento. Ás vezes a luz que temos dentro é que define a paisagem que nos envolve.
Sem comentários:
Enviar um comentário