sábado, 31 de janeiro de 2009

Tudo ou nada?

"É prefrível algo a tudo ou nada?
Ela deu-me tudo e tirou-me tudo. Pedi-lhe que me desse algo melhor do que tudo ou nada. Pedi-lhe que me desse algo. Esse algo só pode ser o instante em que fomos ou julgámos ser felizes.
Recordo e escrevo para recuperar o momento em que ela seria sempre como foi, nessa noite, comigo.

(...) Amo e escrevo para conseguir uma vitória passageira sobre a imensa e poderosíssima reserva do que ali está nas mãos e não se manifesta. "

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Marquês de Borba 2002

O título deste post poderia bem ser "mulher á beira de um espisódio depressivo"!
Há semanas para esquecer....
Depois de uma entrada em grande no dito novo ano seguiu-se uma semana em baixo. Talvez seja assim que as coisas funcionam, um carrossel com alguns altos e baixos mas não tão drástico como uma montanha russa. Por outras palavras, a vida continua agitada com as suas depressões (geograficamente falando), cumes, planicies, vales e montes mas agora sinto-me passageira num comboio que vai rompendo a paisagem confundindo-se com ela.
Trocando por miúdos....
O TPM ou SPM continua a chatear-me com bastante frequência e esta semana decidiu recordar-me da minha frágil estabilidade emocional quando confrontada com o natural e incontornável desiquilibrio hormonal que é a menstruação. A chuva e o frio convidam á preguiça e o corpo deixa-se afundar no sofá com os olhos colados á televisão. A apatia provocada pelo consumo em excesso de programas frivolos é um dos piores males não diagnosticados por grande parte da classe médica. Se a tudo isso juntarmos uma irritante dor no joelho seguida de uma trocidante dor visceral temos a combinação perfeita de factores desencadeadores de uma severa crise emocional. Perante tal cenário o mais importante é não perder o pouco ânimo que resta e obrigar-nos a agir. Foi num destes momentos de letargia que me levantei da cama, tomei um belo duche, roupas lavadinhas e fresquinhas e decidi convidar o Paul para jantar! Solução quase instânea para combater esta crise momentânea. Dois ou três aperitivos, conversa, o melhor vinho tinto da carta e um belo jantar. Duas horas depois de ter saído de casa já não me lembrava da dor do joelho, ou da súbita melancolia ou do tal amor perdido.

Amigos e especialmente amigas, recomendo-vos um belo jantar com um bom amigo e mais importante que tudo um óptimo vinho tinto servido em grandes copos.
Fica a minha recomendação do mês:

Marquês de Borba 2002 (medalha de prata na ACIC 2003)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

"do amor e outros demónios"

O titulo do post vem do nome de um livro de Gabriel García Marquez e como ultimamente me tenho espantado com algumas reacções amorosas de amigos e outros conhecidos, achei por bem aproveitar uma frase do livro para deixar no ar uma certa ideia.

Este é um diálogo entre pai e filha em que a pequena perguntou-lhe se era verdade, como diziam as canções , que o amor tudo podia.
Eis a resposta:

É verdade mas farás bem em não acreditar nisso.

Será que o amor ultrapassa tudo e todas as adversidades? será o amor essa força quase divina capaz de dar e tirar vidas? Valerá mesmo a pena acreditar que o que sentimos é amor de verdade?

As minhas respostas a tais perguntas vão variando consoante o estado emocional/afectivo, entre a fé total no amor (quando a paixão não me deixa espaço para outros sentimentos) e o descrédito absoluto destes modelos culturais romanticos que sustém sem qualquer reserva a verdade absoluta que algures neste mundo está a nossa outra metade á espera de ser descoberta.

Entre os momentos de troça e de fé ficam pequenos episódios que me condenam a um eterno romantismo, em jeito de confissão termino este post

Ontem chorei porque não consegui conter o amor que trago escondido num cantinho de mim.