segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

"do amor e outros demónios"

O titulo do post vem do nome de um livro de Gabriel García Marquez e como ultimamente me tenho espantado com algumas reacções amorosas de amigos e outros conhecidos, achei por bem aproveitar uma frase do livro para deixar no ar uma certa ideia.

Este é um diálogo entre pai e filha em que a pequena perguntou-lhe se era verdade, como diziam as canções , que o amor tudo podia.
Eis a resposta:

É verdade mas farás bem em não acreditar nisso.

Será que o amor ultrapassa tudo e todas as adversidades? será o amor essa força quase divina capaz de dar e tirar vidas? Valerá mesmo a pena acreditar que o que sentimos é amor de verdade?

As minhas respostas a tais perguntas vão variando consoante o estado emocional/afectivo, entre a fé total no amor (quando a paixão não me deixa espaço para outros sentimentos) e o descrédito absoluto destes modelos culturais romanticos que sustém sem qualquer reserva a verdade absoluta que algures neste mundo está a nossa outra metade á espera de ser descoberta.

Entre os momentos de troça e de fé ficam pequenos episódios que me condenam a um eterno romantismo, em jeito de confissão termino este post

Ontem chorei porque não consegui conter o amor que trago escondido num cantinho de mim.

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